Bienal de Arquitetura de Veneza 2025 — Tendências em Foco

Bienal de Arquitetura Veneza

Realizada de 10 de maio a 23 de novembro nas históricas áreas dos Giardini e do Arsenale, a Bienal de Arquitetura de Veneza 2025, com curadoria de Carlo Ratti sob o tema “Intelligens: Natural. Artificial. Collective.”, reúne mais de 300 projetos e 750 participantes, estimulando uma abordagem interdisciplinar e colaborativa baseada na urgência climática e social.

Resiliência Urbana: Instalando Espaços que Respondem ao Calor

A resiliência às mudanças climáticas está no centro de várias iniciativas desta edição. O Pavilhão do Bahrein, vencedor do Leão de Ouro, apresenta o projeto, que combina técnicas tradicionais e modernas para mitigar o impacto das ondas de calor em espaços públicos. Com sistemas de resfriamento passivo, ventilação natural, sombreamento e uso de dutos térmicos, a proposta demonstra que arquitetura pode ser eficaz contra ausência de infraestrutura energética externa.

Bienal de Arquitetura Veneza
Foto: Andrea Avezzù

Outro destaque é o projeto Urban Heat Chronicles, promovido pelo MIT, que propõe pavilhões móveis com tecidos termorreguladores e oficinas participativas para criar sombra comunitária nas ruas estreitas de Veneza, refletindo uma arquitetura sensível ao calor e ao clima social.

Bienal de Arquitetura Veneza
Foto: Lloyd Lee

Lava como Material: O Futuro da Construção Sustentável (Lavaforming)

A resiliência às mudanças climáticas está no centro de várias iniciativas desta edição. O Pavilhão do Bahrein, vencedor do Leão de Ouro, apresenta o projeto, que combina técnicas tradicionais e modernas para mitigar o impacto das ondas de calor em espaços públicos. Com sistemas de resfriamento passivo, ventilação natural, sombreamento e uso de dutos térmicos, a proposta demonstra que arquitetura pode ser eficaz contra ausência de infraestrutura energética externa.

Bienal de Arquitetura de Veneza
Foto: Ugo Carmeni

Outro destaque é o projeto Urban Heat Chronicles, promovido pelo MIT, que propõe pavilhões móveis com tecidos termorreguladores e oficinas participativas para criar sombra comunitária nas ruas estreitas de Veneza, refletindo uma arquitetura sensível ao calor e ao clima social.

Outros Projetos que Marcam a Bienal (2025)

  • uNEarthed / Second Nature / PolliNATION (Virginia Tech & Cloud 9): uma instalação viva com plantas e polinizadores que propõe arquitetura biocêntrica como estratégia de restauração ambiental e urbana.
Bienal de Arquitetura de Veneza
Foto: Alunos de Failenn Aselta
  • Biotopia (Winy Maas): imagina cidades como florestas vivas, onde a arquitetura cresce com materiais bioluminescentes, organismos e ecossistemas integrados — um futuro urbano vibrante e autorregulado.
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Foto: Luca Capuano
  • City of Plants (MAD Architects): um laboratório interativo de design biofílico, com sensores que transformam o movimento humano em luz e som para criar um diálogo sensorial entre visitantes e vegetação .
Bienal de Arquitetura de Veneza
Foto: Luca Capuano
  • FundamentAI (ecoLogicStudio & UCL): um sistema que propõe estruturas urbanas moldadas por inteligência artificial generativa e microbiomas aquáticos, reinterpretando a lagoa de Veneza como um organismo adaptativo vivo.
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Foto: Synthetic Landscape Lab

Tendências em Alta: Inteligência Integrada e Circularidade

A Bienal destaca a convergência entre inteligência natural, artificial e coletiva. Modelos de economia circular ganham palco com o projeto VAMO, co-desenvolvido por ETH Zurich e MIT, que constrói uma estrutura biodegradável a partir de resíduos vegetais, animais e minerais — uma arquitetura desmontável, reciclável e regenerativa.

Bienal de Arquitetura de Veneza
Foto: Marco Zorzanello

O uso de materiais alternativos também emerge no pavilhão britânico, que apresenta fachadas de briquetes feitos com biomassa agrícola e argila local. Já o pavilhão dinamarquês reinterpreta concreto reciclado como piso, reduzindo o descarte de demolições .

O Papel da Bienal como Um Laboratório Vivo

Mais do que uma exposição, a Bienal de Veneza 2025 transforma a cidade em um laboratório urbano ativo, testando ideias como purificação dos canais (incluindo cafés sustentáveis usando água reciclada), mobilidade aquática e instalações participativas espalhadas pela cidade .
Os temas resiliência urbana, materiais inovadores como a lava, inteligência coletiva e construção circular se entrelaçam para mostrar que a arquitetura contemporânea pode ser agente de transformação. A Bienal reforça que não basta desenhar edifícios: é preciso desenhar futuros.

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